freecult
boas vindas....
Bem vindos ao novo espaço que vai falar um pouco sobre história, política, geografia, ciência, poesia , filmes e artes.........biografia de grandes escritores, cientistas, cineastas, pintores, pensadores e pessoas que de alguma forma influenciaram o mundo .......
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Quem sou eu
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013
Poemas
Os quadrados com
pontos pretos revelam
o desgaste natural
do tempo
As pernas apressadas
num vai e vem
todo dia sem saber
pra onde ir
O barulho incessante das
rodas numa constante
repetição para uma
possível aprovação
dos outros
O cheiro da fumaça,
o tic tac dos sapatos,
o ruído grave
do som do carro,
as nuvens uma hora cinza
outrora na cor do arco íris,
a voz aguda repetidas vezes,
os constantes questionamentos....
E assim mais um dia termina
às vezes com uma
agradável sensação
outras com a certeza de
que nem deveria ter
levantado da cama....
Poemas
pode ser que tudo acabe
como começou
pode ser que tudo recomece
como terminou
pode ser que as promessas
não se cumpram
poder ser que a chuva
vire sol
pode ser mais um dia comum
pode ser que seja uma semana
espetacular
pode ser que a música
pare de tocar
ou o ouvido que estragou
pode ser.....será?
pode ser que eu me iluda
mais uma vez
pode ser que eu descubra
mais uma cura
poder que eu faça
alguns amigos
pode ser que eu
apenas fale sozinho
pode ser que eu repita
as mesmas frases
pode ser que eu
inove meu caminho
posso até ceder o
quanto seja
posso até não saber
do que preciso
podemos conversar
por longas horas
podemos até querer
o silêncio
Mas o que não pode
é deixar de nos olharmos
o que não pode
é deixar de querermos
o sorriso
o que não pode
é deixar o sal
das lágrimas
se conter
sempre há motivos
o que não pode
é deixar de ser
o que não pode é apenas
querer ter
o que não pode
é deixar de sentir
as consequências
do inexplicável
fato de possuirmos
um coração.
domingo, 24 de fevereiro de 2013
Poemas
Ultimamente
tenho sido
ácido
tenho sido
teimoso
tenho sido
extra e até
vagante
tenho sido
eu
tenho também sido
os outros
tenho sido sempre
tenho sido de vez em quando
e você tem?
tenho sido
aos berros
e também sido
mudo
tenho comido
a carne
e roído até o
osso
eu mesmo não sabia
que quando a imagem acaba
a palavra simplifica
o final
temos sempre o outro
ao um
tenho rido muito
ultimamente sem
mostrar as gengivas
tenho escrito
sobriamente
com as garrafas
vazias
tenho ficado só
com as minhas atitudes
tenho ferido corações
a volta
tenho estragado
a quem quero muito
tenho até me divertido
no escuro
tenho dito algumas
coisas
tenho até
mentido
tenho me isolado
tenho até me julgado
mas as sentenças
não se publicam
ao público
mas estou cheio
de fazer sentido
tenho ignorado
as descobertas
e feito de tudo isso
meu mundo.
Poemas
Quem nunca sentiu a alma
ser vilipendiada e extorquida
a cada frase terminada
Quem nunca se olhou
E viu o reverso da mesma pessoa
Quem?
Quem nunca se contorceu de desprezo
Pelo óbvio redundante
Quem nunca sucumbiu
As obsessões implacáveis
Quem?
Quem nunca camuflou os fracassos desconcertantes
Quem nunca se perguntou o porque e pra que de tudo
Quem nunca bateu a porta do clube
dos hipocondríacos
Quem nunca se curou de um medo falido
e você?
As rachaduras expostas na pele
As cores dúbias dos cabelos
Os dedos tetraplégicos de tanto abraçar
E a ferida aberta nos dentes
de tanto pretender rir
você sabe
Afirmações estúpidas
Glórias e louvores para eles
E mais cardumes de sorrisos
preguiçosos e malfeitos
Quem pensa? quem são?
Pra onde iremos?
não podemos fugir
vamos martelar o bate estaca
com as próprias mãos
e diluir um terço do absurdo
sem compromisso
Mas pra constar
as paredes não tem ouvidos
tem indiferença
e não importa rabiscar
o verso continua surdo
Pegue a futilidade
e triture na garganta
esqueça o líquido
A seco é mais prazeroso
E nós ficamos bem
Ficamos como sempre
Ficamos aguardando
A rebeldia de ser
como eramos antes.
Poemas
Nesse curto mosaico de meias palavras recalcadas
Só escuto a queda das gotas de claridade
Respingando como ácido
Sobre velhos livros repousados e
Cansados de tanto abrir e fechar
Como se fossem portas
De um banheiro público qualquer
Me deito em cima de algumas idéias
Desgastadas e breves
Insistentes em perambular
Como se o ócio as ferisse
Leituras frias estas.......
Dogmatismos rústicos a parte
Ponho a porcentagem das minhas
Ideologias sobre a mesa
Sem lucros ou prejuízos
Imerso em meia dúzia de goles
Amanheço perdido
Dentro de mais um pesadelo
Caricato e tardio recheado de
Facas e gritos
Reconheço então
Minha triste amnésia
Antiga companheira das
Horas de solidão
Ah.......mais um dia de sol
Corro pro chuveiro
E deságuo direto para o ralo
O resto do meu corpo
Sobrevivo,
E o mundo continua
Embaçado e barulhento
Assim como minha
Cabeça oca.
Poemas
Nas manhãs cinzentas de outono
Entre as frestas roucas por onde
O vento passa despercebido
Sob o velho assoalho que range
Desesperadamente
Ei, você terá a mim
Por entre as teclas desgastadas do piano
Impregnadas do perfil de nossos dedos
Na paisagem fria e derretida
Por dois pares de olhos aguados
Ei, você terá a mim
Através da garrafa molhada
E do seu rosto distorcido
Pelo reflexo do espelho quebrado
E da sua sombra esquartejada
que eu ainda vejo caminhar
Sim , você ainda me terá
Atrás das lentes armadas
Por estes ouvidos surdos
Perto dessa boca sugada
E muda
Você sempre me terá
Me terá na poeira dos seu cabelos
No tapete escorregadio
Na ânsia , na fome
E até no ventre do vazio
Mas quando você
Não estiver por perto
E os meus poros se fecharem de frio
Eu terei o papel e a caneta
Pra aquecer os meus arrepios.
Poemas
Hoje resumi o meu humor
Ao silêncio e alguns dentes
Algumas palavras trocadas e
Uns três cumprimentos amarelos
Tentei deslocar o meu ócio
Ao canto contrário do goleiro
Mas as vezes as idéias batem na trave
Engolindo meu ressentimento
O café me desceu frio e amargo
Ah.......nada como essas alegrias ensaboadas
Que escorregam do nosso peito
E apressadamente os dessabores
Quando são lavados pela nossa alma
Esta que não desiste de lustrar as minhas orelhas
Sempre sujas
Se parece com meu faro, nem tão fino assim
fazendo-me sentir como todos os dias
Deixando resíduos de ignorância e insensatez
No meu travesseiro.
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